
Fragrâncias que não refletem o presente, e sim a sua melhor memória
Por Sérgio Rodrigues
Olá amigos.
Em 2009 eu fui convidado a escrever uma coluna sobre veículos antigos para o Portal Megaminas de Uberlândia, no triângulo mineiro. Aceitei o desafio de tratar desta paixão nacional de maneira prática, menos técnica, revelando histórias que fazem parte do cotidiano de quem tem um veículo “mais velhinho” e não abre mão dele. Foi muito bom. Volto agora para tratar do mesmo assunto aqui nesta coluna que será semanal na página da Rádio Cultura.
Então vamos lá.
Imagine um texto que começa lembrando ao leitor o cheiro inconfundível de álcool ou de gasolina de um motor carburado ao dar partida nas manhãs frias. E um motor afogado? Pois é. A coluna pretende explorar algo assim, tipo mais sensorial, pessoal e que reflita na curiosidade de quem lê. Explorar o tema “carros antigos” permite estabelecer um padrão de ideias meio poético que pode despertar no leitor a vontade de visitar o universo único e encantador do antigomobilismo onde tudo gira em torno do brilho do cromo, do cheiro de estofado antigo e da busca pela peça perfeita! Carros antigos tem alma capaz de influenciar nos costumes e desenvolver manias no coitado do dono. Pode acreditar! O cara fica tão antigo quanto o veículo dele. Assume as características de um Chauffer (chofer) tipo aqueles com obsessão em manter o painel brilhando e até a parte de baixo do paralamas limpo, onde dá para passar um lenço. Apaixonados por carros antigos tem sempre algo diferente para contar, histórias únicas, verdadeiras cheias de emoção e desafios, onde o passado é sempre mais bonito. O restaurador é uma espécie de alquimista que devolve a vida ao que já foi esquecido. Eu ouso dizer que é um privilégio resgatar um veículo que ficou abandonado numa garagem por 10, 20, 30 anos. E, se manteve parte das características originais de fábrica parcialmente preservadas? Vale ouro. Cada detalhe tem um valor incalculável.
Agora que nos conhecemos faço um convite: volte à coluna na semana que vem porque eu vou contar da paixão que tenho pelos veículos DKW VEMAG e da minha relação com um dos veículos mais famosos da história do automóvel no Brasil. Você vai entender porque o DKW VEMAG inspirou o nome da nossa coluna. Um grande abraço.