
Marcelo Barbosa / Digital MG
O Vale do Peruaçu, localizado no Norte de Minas, foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Natural Mundial da Humanidade pela Unesco neste domingo, 13. “O título da Unesco é um reconhecimento ao valor universal do Peruaçu e ao trabalho conjunto do povo mineiro. Hoje, o mundo reconhece a grandiosidade de um território que sempre foi sagrado para nós, mineiros”, afirmou o governador Romeu Zema.
Com essa conquista, Minas Gerais passa a ser o estado brasileiro com o maior número de bens reconhecidos pela Unesco, totalizando seis títulos mundiais:
Ouro Preto;
Congonhas;
Diamantina;
Conjunto Moderno da Pampulha;
O Queijo Minas Artesanal e agora,
O Vale do Peruaçu.
O estado abriga ainda a Reserva da Biosfera da Cordilheira do Espinhaço, a cidade de Belo Horizonte como Cidade Criativa da Gastronomia, o Geoparque de Uberaba, e os sistemas tradicionais de cultivo de Sempre-Vivas no Vale do Jequitinhonha, reconhecidos como Patrimônio Agrícola Global.
A conquista do título fortalece ações como o projeto Caminhos do Norte de Minas, o Afromineiridades, o programa TEM – Turismo, Experiência e Mineridade, e a integração à Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço.
“A consagração do Peruaçu como Patrimônio Natural da Humanidade é um marco civilizatório para Minas e para o Brasil, além de uma oportunidade de ampliar o turismo sustentável e transformar o Norte de Minas num destino internacional de natureza e ancestralidade”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
Minas: liderança nacional na proteção do patrimônio
O título internacional reconhece também o esforço de Minas Gerais na preservação ambiental e valorização de seus territórios culturais. Em 2024, foram investidos R$ 150 milhões para reestruturar sete parques naturais, com destaque para o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. As ações incluíram sinalização ecológica, sistemas de energia solar e comunicação, além de reforço nas trilhas, centros de visitantes e fiscalização.
Essa conquista soma-se a outras recentes lideradas pelo Governo de Minas, como o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade para o Queijo Minas Artesanal, consolidando o estado como referência global em cultura, natureza e sustentabilidade.
“Essa conquista é fruto de uma política ambiental séria e integrada, que alia preservação da biodiversidade, valorização dos povos tradicionais e compromisso com o futuro. O Peruaçu é exemplo mundial de conservação e educação ambiental, e agora também será símbolo de orgulho e desenvolvimento para a região”, acrescenta a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad-MG), Marília Melo.
O presidente da Associação dos Sindicatos Rurais do Norte de Minas, Astério Itabayana Neto, também destaca a importância do reconhecimento para a região. “Essa é uma conquista de muitas mãos que pode servir de estímulo ao diálogo construtivo entre todas as partes interessadas, sempre em busca da aliança entre a proteção do patrimônio natural e o respeito aos direitos legítimos de quem vive e produz nesta terra. Que ela traga mais visibilidade, desenvolvimento sustentável e respeito à nossa gente e à nossa história”.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, reforça o potencial do título. “O reconhecimento da Unesco aumenta a visibilidade local, coloca nosso estado em um novo patamar e fortalece ainda mais a oferta de experiências e empreendimentos turísticos na região”.