O Museu de Cabangu é um museu brasileiro, situado a 16 quilômetros do centro da cidade de Santos Dumont, Minas Gerais.
É dedicado à memória do Santos Dumont, o Pai da Aviação.
Conserva-se ainda no sítio onde nasceu o menino Alberto Santos Dumont, a casa onde nasceu, objetos pessoais, fotos e o museu da aviação. No Museu estão depositadas também as cinzas da primeira piloto mulher da aviação brasileira, Anésia Pinheiro Machado.
Projetada pelo próprio SantosDumont, foi construída pelo engenheiro Eduardo Pederneiras, no ano de 1918, para residência de verão do inventor. É um chalé do tipo alpino encravado em terreno íngreme; uma construção muito original e única no Brasil, com detalhes curiosos, todos frutos da inventiva e do talento de Santos Dumont, totalmente fora de qualquer padrão das casas da época.
A construção da casa ocorreu após uma aposta que ele fez com amigos, de que seria capaz de erguer a construção em um pequeno espaço do morro do Encanto. Ganhou a aposta levando para casa a caixa de uísque.
O genial inventor brasileiro chamou-a de “A Encantada” como homenagem à rua do Encanto, onde está edificada, na altura do número 22. Ali passava longas temporadas até sua morte em 1932, ocorrida em Guarujá, São Paulo.
Em espaço tão pequeno, a casa é constituída de uma única peça edificada, possuindo três andares, e um terraço:
- no primeiro andar, ou térreo, há um porão que servia de oficina;
- no segundo, em peça única, a sala de estar / jantar, com biblioteca e estúdio;
- com acesso por uma escada quase vertical, sobe-se ao quarto e banheiro;
- e ainda, por uma porta lateral, que se abre para uma ponte, tem-se acesso ao alto do terreno no nível do telhado onde se encontra um mirante para observações astronômicas.
As curiosidades da construção conduzem à natural admiração dos visitantes:
- a cama, sobre um jirau estreito está sobre uma cômoda espaçosa de muitos gavetões;
- o banheiro possui um chuveiro com aquecimento a álcool, feito com um balde perfurado dividido ao meio, com entradas para água fria e quente, e duas correntes de dosagem da temperatura;
- os móveis da casa são complementos das paredes, técnica que empregou também na casa de Cabangu, em Palmira/MG, cidade onde nasceu, e hoje denominada Santos Dumont/MG;
- as escadas, íngremes, tanto a externa quanto a interna, tem os degraus recortados, em forma de raquete, para facilitar os movimentos de subida e descida, evitando tropeços;
- o observatório astronômico tem acesso sobre o telhado de flandres, por uma curiosa escada de degraus fixados a uma única viga central, e corrimão de cabos de aço.
Na “Encantada” Alberto Santos Dumont escreveu seu segundo livro “O que eu vi, O que nós veremos” onde comenta os seus inventos aeronáuticos, em complemento á obra “Os Meus Balões”.
Cabangu
Existem três versões para o significado da palavra “Cabangu”:
- A primeira, um tanto folclórica, vem da transformação da frase “Acabou o angu”, usada pelos antigos moradores na época da construção da ferrovia na região, que com o decorrer do tempo transformou-se em Cabangu.
- A segunda, seria um local onde residia, na época da Inconfidência Mineira, um caboclo que teria como sobrenome “Cabangu”.
- A terceira, cuja etimologia seria originária do tupi-guarani, nome do início da região da Mantiqueira: “Caa (mata) / bangu (escura).
*Fonte: Wikipedia